OS NEGROS AFRICANOS
Autora: professora Milena de Fátima Colman Boçon, 4ºA
Dia 13 de maio de 1888, Princesa Isabel assinava a abolição da escravatura no Brasil. Mas o que aconteceu antes desse decreto? Será que houveram debates pensando no futuro dos ex-escravos? Os negros tiveram oportunidades no mercado de trabalho?
Tais questões surgiram durante os debates realizados em sala de aula, na turma do 4° ano da Escola Municipal Professor Sebastião dos Santos e Silva. Realizamos leituras sobre a vida do Brasil Africano na disciplina de Conhecimentos Sociais.
Sabemos que os negros africanos vieram ao Brasil para serem escravizados nas fazendas de engenho. Vinham nos porões dos navios negreiros em péssimas condições de higiene. Aqui sofriam todo tipo de humilhação e desrespeito. Por conta disso, muitos negros fugiam e se refugiavam nos quilombos.
Com o passar dos anos, começou a aumentar o processo que pedia a abolição da escravatura no Brasil. Os abolicionistas ganharam força e conquistaram enfim a liberdade para os negros escravizados.
Os debates acerca do assunto foram se ampliando, surgindo a curiosidade da turma em saber o que aconteceu com essas pessoas depois da assinatura da Lei Áurea. A professora relatou à turma que apesar da Lei garantir a liberdade, não oportunizava e nem propunha condições mínimas para os negros viverem dignamente. Muitos migraram para suas cidades de origem para conviverem com seus familiares, outros procuraram empregos em fazendas, e alguns foram marginalizados da sociedade. Os alunos perceberam que a Lei Áurea foi sim um grande avanço para nossa população, visto que o Brasil foi o último país das Américas a abolir a escravidão. Contudo, as políticas públicas foram falhas ao não preparar a sociedade brasileira para recebê-los.
Os debates e discussões contribuíram muito para o raciocínio e entendimento das crianças sobre a escravidão, e a luta que os descendentes dos negros escravos enfrentam até os dias atuais, para garantir e fazer valer seus direitos.
Além das discussões e leituras, a turma participou da elaboração de uma linha do tempo, descrevendo acontecimentos e fatos ocorridos no tempo da escravidão.
Ainda conversando sobre a vida desses povos, conhecemos duas brincadeiras típicas africanas: a amarelinha cantada, e a brincadeira de roda Escravos de Jó. As crianças vivenciaram tais brincadeiras, registradas por vídeos e fotografias, enriquecendo ainda mais nossas aulas.
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